O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 23ª Promotoria de Justiça da Capital, tomou uma série de medidas após realizar uma vistoria no Centro Empresarial Wilson Vaz, localizado no Plano Diretor Sul de Palmas, na última sexta-feira, 21. A inspeção revelou diversas irregularidades estruturais e de segurança, levando a promotora de Justiça Kátia Gallieta a solicitar relatórios técnicos à Defesa Civil Municipal e ao Corpo de Bombeiros para avaliar a situação do prédio. Além disso, será expedida uma recomendação à administração do centro comercial para que um estudo técnico predial seja elaborado e uma vistoria da Vigilância Sanitária seja realizada para verificar as condições de higiene e saúde do local.
Irregularidades estruturais e medidas adotadas
Durante a vistoria, foram identificadas várias falhas na estrutura do prédio, incluindo fiação elétrica exposta no último piso, banheiros em condições insalubres, salas abandonadas e uma caixa d’água aparentemente escorada de forma irregular. Um dos pontos de maior preocupação foi a presença de um depósito de colchões fabricados com espuma de poliuretano, material altamente inflamável. Além disso, no térreo, foram encontrados sinais de comprometimento da estrutura física, como corrosões, infiltrações e desgaste no teto. Um comerciante chegou a relatar que parte da cobertura teria desabado sobre uma mulher, reforçando a necessidade de medidas urgentes.
A ação contou com a participação do Centro de Apoio Operacional do Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma), do Corpo de Bombeiros Militar, da Defesa Civil Municipal e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Serviços Regionais. Representantes da administração do prédio, incluindo advogado, engenheiro e administradora, acompanharam parte da inspeção e realizaram testes nos sistemas de combate a incêndio, que estavam operacionais e com validade em dia.
Histórico e importância do prédio
Inaugurado em 1992, o Centro Empresarial Wilson Vaz foi o primeiro prédio comercial de Palmas. Projetado para abrigar 284 salas comerciais, hoje o espaço abriga diversos estabelecimentos, como ateliês de costura, bordados, confecção de jalecos, sapateiro, barbearia, loja de carimbos e escritório de contabilidade. Entretanto, as condições atuais do prédio levantam preocupações sobre a segurança dos comerciantes e frequentadores, tornando a fiscalização e as medidas corretivas essenciais para garantir o funcionamento adequado do local.
