

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), emitiu um alerta sobre uma fraude que tem feito vítimas tanto entre compradores quanto vendedores de veículos: o chamado golpe do falso intermediário. Segundo o Nudecon, esse crime acompanha o crescimento das negociações virtuais e se aproveita da confiança das pessoas em anúncios online.
O defensor público Edivan de Carvalho Miranda, coordenador do Nudecon, explica que o golpe começa com o estelionatário se passando por um comprador interessado em um veículo anunciado em plataformas digitais ou redes sociais. Ele se apresenta como alguém que está adquirindo o carro para terceiros geralmente um parente ou funcionário e solicita fotos, vídeos e informações sobre a documentação do veículo.
Com esses dados, o criminoso publica um novo anúncio usando o mesmo veículo, mas com valor muito inferior ao de mercado, atraindo vítimas que acreditam estar diante de uma grande oportunidade.
Quando um interessado aparece, o golpista diz que o carro pertence a outra pessoa que está lhe devendo dinheiro e marca um encontro entre vendedor e comprador. Contudo, no momento da negociação, ele desaparece e orienta as partes a não comentarem valores, afirmando que o pagamento deve ser feito diretamente a ele.
Com a transferência feita, o golpista bloqueia todos os contatos e desaparece com o dinheiro. A vítima perde o valor pago e o verdadeiro proprietário do veículo pode ser injustamente envolvido, sem saber do golpe.
Sinais de alerta
O Nudecon listou alguns indícios que podem ajudar a identificar esse tipo de fraude:
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Contato apenas por mensagens, sem ligações ou chamadas de vídeo;
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Pressa para fechar a negociação;
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Preço muito abaixo do valor de mercado;
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Dados bancários que não coincidem com o nome do vendedor;
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Recusa em permitir que todas as partes se encontrem pessoalmente.
Como se proteger
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Sempre negociar diretamente com o verdadeiro dono do veículo ou o real comprador;
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Utilizar plataformas reconhecidas e com boa reputação;
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Desconfiar de histórias que envolvam urgência, viagens ou doenças;
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Confirmar se a conta bancária realmente pertence à pessoa envolvida na negociação;
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Nunca fazer pagamentos antes de verificar pessoalmente o bem e formalizar o acordo com contrato.
O Nudecon reforça que bons negócios não envolvem pressa, nem segredo. “Informação é a melhor proteção contra golpes”, finaliza o defensor público.