

A manhã dessa quinta-feira, 22, foi marcada por uma conversa franca entre estudantes do Colégio Estadual Dom Alano Marie Du Noday, em Palmas, e o promotor de Justiça André Ricardo, do Ministério Público do Tocantins (MPTO). Cerca de 160 alunos do 1º ano do ensino médio participaram da palestra, que teve como foco as implicações legais e emocionais do bullying e do cyberbullying.
“Trouxemos informações do Estatuto da Criança e do Adolescente, do Código Penal, e outras previsões legais envolvendo bullying e cyberbullying. A ideia foi ter uma conversa, um diálogo, uma troca de ideias com esses adolescentes”, afirmou o promotor.
Durante o encontro, André Ricardo ressaltou que os jovens precisam saber que não estão sozinhos. Existe uma rede estruturada para amparar vítimas de violência, formada por conselhos tutelares, delegacias especializadas, defensores públicos, promotores de Justiça e o próprio Judiciário. “Ele explica que a rede conta com trabalho de órgãos técnicos de dferentes áreas de atuação, do Conselho Tutelar, e das próprias delegacias de polícia especializadas, além do sistema de justiça como um todo: Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Judiciário”.
Escola como espaço de reflexão
Para a coordenadora pedagógica da unidade, Silma Rosa, o debate chegou em boa hora. “É uma temática que está em evidência, e a gente sente toda essa movimentação dentro do espaço escolar. Fazemos um trabalho de formação, de entendimento, oportunizando a eles esses momentos de ouvir e contar também com os profissionais das instituições que falam com propriedade, dentro da legalidade e da legislação”.
Projeto reforça prevenção nas escolas
A palestra integra o projeto do MPTO “Caminhos para proteção: chega de violência nas escolas”, desenvolvido em parceria com diversas instituições. O evento foi promovido a partir de uma iniciativa dos acadêmicos do 9º período de Direito da UniCatólica, da disciplina “Direito da Criança e do Adolescente”, sob orientação do professor Wellington Miranda.
Além do promotor, a psicóloga Isabel Cristina Nogueira também contribuiu para o debate, destacando os impactos emocionais do bullying e do cyberbullying entre adolescentes.