

Entre os dias 14 e 21 de abril, uma ofensiva coordenada contra a pesca irregular foi deflagrada em duas frentes pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). A ação cobriu áreas estratégicas no norte e centro do estado, com o objetivo de coibir a pesca predatória, proteger a fauna aquática e conscientizar pescadores sobre práticas sustentáveis.
No total, as equipes retiraram do ambiente natural 4.750 metros de redes de pesca ilegais e quatro tarrafas utilizadas de forma irregular. O trabalho se concentrou em regiões com histórico de pressão sobre os recursos aquáticos, como os lagos das Usinas Hidrelétricas (UHEs) de Estreito e Lajeado.
A região norte foi monitorada pelas equipes do Polo II de Araguaína e Pedro Afonso. As ações se concentraram no lago da UHE Estreito, passando por Filadélfia, Babaçulândia, Darcinópolis e Palmeiras. Durante o patrulhamento, os fiscais apreenderam 3.600 metros de redes e uma tarrafa.
Além das ações de repressão, houve forte ênfase em atividades educativas. Pescadores foram orientados sobre os impactos da pesca predatória e a necessidade de respeitar as regras ambientais. Cartilhas e panfletos foram distribuídos para reforçar as mensagens de conservação.
Região central
No centro do estado, a chamada Operação Guardiões do Lago ganhou reforço da Guarda Metropolitana Ambiental de Palmas e da Marinha do Brasil. As equipes navegaram pelo reservatório da UHE Lajeado, fiscalizando cidades como Palmas, Lajeado, Porto Nacional e Miracema.
O trajeto incluiu pontos críticos como a foz do córrego Cumprido, o Ribeirão Água Fria, áreas de mineração com dragas, acampamentos, praias e trechos de banho, chegando até a foz do córrego Atoleiro. Do outro lado do lago, as ações seguiram até Luzimangues e o Ribeirão Santa Luzia.
Fiscalização embarcada
Durante a operação, embarcações foram abordadas para verificação de documentos e licenças, tanto para pesca amadora quanto profissional. Os fiscais também reforçaram as recomendações sobre descarte correto de lixo e manutenção da limpeza nas margens dos rios e lagos.
Nessa etapa, foram apreendidos mais 1.100 metros de redes de malhas variadas e três tarrafas, todas utilizadas em desacordo com a legislação ambiental.
Preservar agora para não faltar depois
De acordo com Cândido José dos Santos Neto, gerente de Fiscalização do Naturatins, a operação foi além da punição. “Nosso objetivo é monitorar e combater a pesca predatória, mas também orientar os pescadores sobre a importância da preservação dos recursos naturais. É fundamental que todos compreendam que o equilíbrio ambiental é responsabilidade de todos”.