
O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Araguaína, formalizou, nesta terça-feira, 1º de abril, a denúncia contra Vitor Gomes Alves de Paula pelo crime de homicídio duplamente qualificado, com dolo eventual. O réu, que está preso preventivamente na Casa de Prisão Provisória de Araguaína, é acusado de causar a morte de Maria Alice Guimarães da Silva, jovem vítima de uma colisão fatal na BR-153.
De acordo com a denúncia, o acidente aconteceu na manhã de 22 de março de 2025, por volta das 6h46, quando Vitor, ao dirigir um veículo BMW, colidiu violentamente com a motoneta conduzida pela vítima. O réu estava em alta velocidade, sem habilitação e sob efeito de álcool, enquanto Maria Alice trafegava dentro do limite de velocidade permitido. A colisão causou a morte imediata da jovem devido a politraumatismo.
Qualificação do crime e pedido de indenização
Na acusação, o promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida destaca que o crime foi cometido com um recurso que dificultou a defesa da vítima e com perigo comum, já que a colisão ocorreu em uma rodovia federal movimentada, expondo outros motoristas a risco iminente. O MPTO requer que Vitor Gomes responda por homicídio qualificado por perigo comum e pela impossibilidade de defesa da vítima, além de infração ao Código de Trânsito Brasileiro, por dirigir sob influência de álcool. O caso será julgado pelo Tribunal do Júri.
Além disso, o Ministério Público solicitou uma indenização mínima de R$ 100 mil aos familiares de Maria Alice, com base no artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal. A sociedade de Araguaína tem acompanhado o caso com grande comoção, especialmente pela brutalidade do crime e pela morte precoce da jovem.
A prisão preventiva do acusado foi mantida, e os familiares da vítima foram notificados para acompanhar todos os atos processuais.