
Nesta quarta-feira (2), o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, deu um passo importante ao assinar o Termo de Compromisso com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). O acordo, firmado durante o 2º Encontro de Pais de Autistas do Tocantins, no auditório da OAB/TO, libera R$ 13 milhões iniciais, via Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO), para criar o Centro Especializado no Transtorno do Espectro Autista (Cetea) em Palmas. A unidade, que deve começar a funcionar em até 90 dias, chega em um momento especial: o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
Um marco para o cuidado com o autismo
Wanderlei Barbosa não escondeu o entusiasmo. Ele vê o Cetea como um divisor de águas, trazendo atendimento multidisciplinar com profissionais qualificados e ferramentas adequadas para diagnosticar e tratar o transtorno do espectro autista (TEA). “Queremos ser referência na saúde e educação para pessoas com TEA em todo o estado”, disse, convidando as famílias – incluindo a dele, que também tem membros no espectro – a acompanharem de perto o projeto. José Carlos Rizoli, presidente do INDSH, reforçou a urgência do centro, destacando que milhões de brasileiros com autismo, muitos ainda sem diagnóstico, precisam de atenção qualificada. O INDSH, que já gere o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação no Pará, agora traz essa experiência ao Tocantins.
Saúde e inclusão
A SES/TO vai intermediar a gestão do Cetea, garantindo serviços de saúde e reabilitação para quem tem TEA. Carlos Felinto, secretário de Saúde, celebrou o avanço, fruto de um ano de planejamento, e destacou a criação da Superintendência da Pessoa com Deficiência para fortalecer políticas públicas. Já Rosa Helena Ambrosio, da SES/TO e fundadora da Anjo Azul, emocionou-se ao ver o projeto ganhar vida, prometendo cuidados especializados para a comunidade. No evento, o 2º Encontro de Pais de Autistas, promovido pelo governo com apoio da SES/TO e da Secad, ofereceu serviços como cortes de cabelo, exames oftalmológicos e até música ao vivo, unindo famílias em um dia de troca e acolhimento. Weslene Nunes, mãe do pequeno Davi, de 2 anos e 9 meses, vibrou com a notícia do Cetea, sonhando com um futuro em que o filho possa falar e se socializar.