SAÚDE

SES-TO destaca a importância da Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância

A Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, criada pela Lei 11.523/2007, ocorre todos os anos de 12 a 18 de outubro. O evento reforça que toda a sociedade tem um papel importante a cumprir no enfrentamento dos diversos tipos de abuso, agressão e maus-tratos contra as crianças. Os serviços de saúde, por exemplo, são espaços estratégicos para identificar sinais e sintomas que possam ser indicativos de violência.

A primeira infância, segundo o Ministério da Saúde (MS), é a fase que vai desde a concepção aos seis anos de idade, período de um rápido e intenso processo de formação das conexões neurais e que durante o qual fatores genéticos e ambientais interagem de forma contínua para o desenvolvimento do cérebro e de todo o sistema nervoso central.

Segundo a responsável pelo Serviço de Atenção Especializada à Criança em Situação de Violência (SAVI), do Hospital Geral de Palmas (HGP) Camila Coelho, “é direito de toda criança crescer com segurança e saúde em todas as esferas: física, mental, emocional e social.  Na primeira infância o cuidado com casos de violência deve ser ainda maior, pois nessa idade, elas ainda não sabem expressar o que estão sentindo ou interpretar o que aconteceu, o que torna mais difícil identificar agressões. Além disso, quanto mais cedo começar e quanto mais tempo durar a exposição a abusos, mais graves os danos”.

 Ela reforça ainda alguns dos principais sinais de alerta que profissionais de saúde devem observar em atendimentos:

·  Choros e irritabilidade sem motivo aparente;

·  Olhar indiferente, apatia ou tristeza constante;

·  Atraso no desenvolvimento, perdas ou regressão de etapas atingidas; 

·  Dificuldades na amamentação, podendo chegar a recusa alimentar, vômitos persistentes ou distúrbios de alimentação; 

·  Distúrbios do sono;

·  Afecções de pele frequentes, sem causa aparente;

·  Dificuldades de socialização e tendência ao isolamento;

·  Ansiedade ou medo ligado a determinadas pessoas, sexo, objetos ou situações.

Assistência

O HGP é referência no atendimento de crianças em situação de violência no Tocantins. O SAVI conta com 25 profissionais entre assistente social, psicólogo, enfermeira, técnica de enfermagem, médico, farmacêutico, advogado e terapeuta ocupacional, e atua 24 horas em regime de urgência e emergência.

A assistente social do SAVI, Verônica Araújo, explica como funciona o fluxo de atendimento. “A equipe do SAVI realiza o acolhimento e o atendimento, providencia os encaminhamentos para exames e medicação de acordo com as necessidades e especificidades de cada caso, conforme as diretrizes e legislações vigentes realiza a notificação, seguida do acompanhamento ambulatorial e acessa a Rede de Atenção, composta por serviços do Conselho Tutelar, Delegacia da Criança e do Adolescente, Instituto Médico Legal, dentre outros que se fizerem necessários”.

Dados

Dados do SAVI apontam que foram realizados 3.353 atendimentos ambulatoriais e emergenciais nos Hospitais Estaduais do Tocantins, no período de janeiro a agosto de 2024. Deste total, 2.283 foram referentes à violência sexual. Os outros tipos de violência são: psicológica, física, negligência, abandono, violência doméstica e violência autoprovocada.

Denuncie

Caso você presencie crianças e adolescentes que sofrem ou sofreram algum tipo de violência, algumas atitudes podem ajudar:

·  Não tenha medo de denunciar diante de qualquer suspeita. A denúncia é anônima por meio do Disque 100, e a ligação é gratuita; 

·  Não culpe a vítima; 

·  Mostre que ela não está sozinha; 

·  Acreditar nos relatos espontâneos é fundamental, principalmente nos casos de crianças que sofrem abuso sexual, pois dificilmente uma criança consegue elaborar uma história falsa de abuso sexual;  

·  Deixe a criança falar dos seus sentimentos; 

·  Incentive a procura de ajuda profissional. 

Edição: Aldenes Lima/Governo do Tocantins

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