

A construção de uma nova etapa para a pecuária tocantinense começou a ser alinhada nesta segunda-feira, 14. Técnicos da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) e da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) se reuniram para definir os primeiros passos da implementação do Sistema Estadual de Rastreabilidade Bovina. A proposta é garantir mais controle sobre a produção e abrir portas para mercados que exigem origem comprovada dos produtos.
A iniciativa segue diretrizes do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (Pnib), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que estipula quatro fases para implantação completa da rastreabilidade até o ano de 2032. O estado do Tocantins já está se organizando para acompanhar esse calendário nacional.
O secretário da Seagro, Jaime Café, destacou que o sistema permitirá ao produtor rural uma gestão mais eficiente do rebanho e maior valorização dos animais. “A pecuária é a atividade econômica que ocupa a maior parte territorial do estado, precisamos desenvolver ainda mais com aumento da eficiência produtiva e do valor agregado”.
Integração entre público e privado
Para o presidente da Adapec, Paulo Lima, o sucesso do projeto depende da união de esforços entre governo e setor produtivo. “Daremos o suporte necessário para apoiarmos as atividades com a união de esforços públicos e privados e, assim, fomentar uma pecuária transparente, além do crescimento econômico”.
Grupo de trabalho define cronograma e escuta demandas
O vice-presidente da Adapec, Lenito Abreu, informou que um grupo específico está cuidando da formatação do plano de ação, ouvindo as demandas dos produtores e planejando cada etapa com base na realidade do Tocantins. “Estamos estabelecendo um calendário de execução de cada aspecto para ouvir as demandas e aperfeiçoarmos nosso sistema, com foco nos avanços com eficiência”.
O que muda com o novo sistema de rastreamento
Com a implantação da identificação individual dos bovinos, cada animal receberá um código exclusivo. Isso permitirá rastrear todas as etapas de sua vida — desde vacinas e movimentações até histórico de alimentação e tratamentos veterinários. Segundo o Pnib, esse controle minucioso garante maior segurança alimentar, resposta mais rápida a surtos sanitários e facilidades para exportação a países que exigem esse tipo de rastreabilidade.