EDUCAÇÃO

Pnab: Equipe de busca ativa continua atividades em aldeias da Ilha do Bananal

Promovida pelo Governo do Tocantins, por intermédio da Secretaria da Cultura (Secult), e instituições parceiras, a busca ativa inicia suas atividades na Aldeia Santa Isabel, localizada na Ilha do Bananal, nesta sexta-feira, 27. Com o projeto de extensão “Transformando Conhecimento em Inovação: cultura, memória e arte”, coordenado pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), o grupo atua no cadastramento para o edital de Culturas Indígenas da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab), lançado pelo Estado em agosto deste ano.

O cronograma da busca ativa integra uma parceria entre a Secretaria da Cultura e instituições de ensino superior atuantes no Tocantins, com interveniência da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico (Fapto). O time que trabalha em campo junto à UFT, também conta com a parceria da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTO) e da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT).

O coordenador do Núcleo de Editais da Secult, Tales Monteiro, destacou a importância da equipe conseguir alcançar esse público que reside em seus territórios tradicionais e que atua com cultura nesses espaços. “Essa busca tem um objetivo primordial que é garantir o direito dessas pessoas ao acesso aos recursos para usufruir, preservar, desenvolver e ampliar sua cultura. Isso contribui para a cidadania das pessoas, para a identidade cultural e para a cultura do Tocantins como um todo”, explicou o servidor.

Segundo o coordenador do projeto de extensão, professor Gilson Pôrto Júnior, a ação tem como meta chegar às comunidades mais distantes da capital e, quando isso não é possível por condições de infraestrutura e/ou deslocamento, reunir os moradores em polos mais próximos. “Com isso, auxiliamos as comunidades a terem acesso à possibilidade de participação nos editais da PNAB. A chegada à Ilha do Bananal foi um desafio por conta das condições existentes, mas traz a oportunidade de contribuir em ações de empoderamento e democratização do acesso dessas comunidades mais distantes”, relatou.

Aldeia Fontoura

Na última quarta-feira, 25, a equipe do projeto esteve na Aldeia Fontoura, que abriga indígenas da etnia Iny Karajá. A comunidade é liderada pelo cacique Fernando Maurama Karajá e está localizada na região da Ilha do Bananal, na divisa entre o Tocantins e o Mato Grosso.

Para ajudar nas inscrições, o grupo contou com o suporte de dois intérpretes: Korati Karajá, agente de saúde indígena, e Eliseu Txikera, técnico de enfermagem da aldeia.

Ao falar sobre a importância do projeto, Korati Karajá destacou o impacto positivo da ação na preservação das tradições locais: “Nós estamos muito contentes com a vinda desse projeto para a nossa aldeia. (…) Esse apoio da Secretaria de Cultura vai ajudar a manter vivo o nosso conhecimento e a nossa história, além de abrir novas oportunidades para nossa comunidade”, concluiu.

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