

O Tocantins iniciou o ano com redução expressiva nas áreas desmatadas do bioma Cerrado. Entre janeiro e março de 2025, foram registrados 259,19 km² de desmatamento, volume 36,5% menor em comparação ao mesmo período de 2024, quando a área devastada foi de 408,49 km². Os dados são do Boletim Mensal nº 7/2025, divulgado nessa segunda-feira, 14 , pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
Na faixa do bioma Amazônico presente no estado, o desmatamento nos três primeiros meses do ano foi de apenas 0,64 km², o equivalente a 0,0026% da área total do bioma no território tocantinense. Já o Cerrado concentrou quase toda a devastação: 258,55 km² em 2025, frente aos 407,87 km² registrados no mesmo período do ano passado.
O secretário Marcello Lelis classificou o recuo no desmatamento como um avanço importante. Para ele, o resultado positivo contribui com metas ambientais e tem impactos diretos sobre a preservação, geração de créditos de carbono e sustentabilidade da produção no estado.
“Esse é um resultado significativo para o meio ambiente, que tem reflexos nas questões climática e do carbono, preservação florestal, geração de novos créditos e sustentabilidade produtiva do Tocantins. O Governo do Tocantins vem trabalhando para o avanço do crescimento econômico e sustentável do estado, com compromisso ambiental, requisito cada vez mais exigido no mercado global, que agrega valor aos produtos, contribui com a qualidade de vida no planeta e portanto depende da soma dos esforços de todos”, afirmou.
Olhar para o futuro
Marcello Lelis também alertou para a necessidade de ações contínuas e colaboração entre os setores produtivos e as regiões do estado. “Precisamos juntos, adotar práticas imediatas, medidas preventivas, ações conjuntas e nos preparar para os desafios climáticos que ainda estão por vir e teremos que enfrentar. As microrregiões que estão saindo na frente terão resultados, devem aproveitar o momento para desenvolver estratégias de adaptabilidade, que garantam alternativas de subsistência para suas atividades produtivas e uso sustentável dos recursos naturais que precisam”.
Regiões com redução
Três microrregiões se destacaram pela queda na área desmatada. No Jalapão, o desmate passou de 30,04% (2024) para 16,18% (2025). Porto Nacional caiu de 11,86% para 5,28%, enquanto Miracema registrou redução de 6,43% para 5,25%.
Por outro lado, Gurupi (4,66% em 2024 para 4,95% em 2025), Bico do Papagaio (3,24% para 4,50%) e Araguaína (3,23% para 3,57%) apresentaram crescimento discreto na área desmatada.
Duas regiões chamaram atenção pelo avanço do desmatamento: Dianópolis passou de 32,6% para 40,90%, e Rio Formoso mais que dobrou, saltando de 7,90% em 2024 para 19,36% neste início de ano.
Como é feito o monitoramento
O levantamento foi realizado pelo Centro de Inteligência Geográfica em Gestão do Meio Ambiente (CIGMA), ligado à Semarh, com base em dados do sistema DETER (Avisos), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Todos os boletins estão disponíveis para consulta pública no site da Semarh.